terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sob o olhar de uma criança.




Ser criança é olhar o mundo como se nada fosse comum ou banal. Sabe quando você entrega um presente pra uma criança, e às vezes ela acaba gostando mais da caixa? Rsrs Pois é, as crianças não se apegam às coisas materiais, elas sabem fazer coisas simples virarem coisas mágicas e divertidas.
Elas não se interessam por status, dinheiro, fama. Elas fazem amizades sinceras e se entregam a elas como se fossem pra vida toda (mesmo que durem somente cinco minutos, rsrs). Elas se encantam com o mundo todos os dias, pois todos os dias têm algo novo pra elas aprenderem, pra conhecerem.
Nós não devíamos perder nunca esse nosso encantamento da infância. Devíamos fazer de todo dia um dia de descobertas, de aprendizado. Devíamos olhar o mundo todos os dias como se nunca tivéssemos o visto antes. Devíamos ser apaixonados pela vida como todas as crianças são, porque a vida realmente é uma dádiva que deve ser apreciada da melhor maneira possível .
Ps: mil desculpas pela loooooooooooonga ausência! Antes era falta de tempo, mas aí virou uma mistura de preguiça e falta de inspiração .. rsrs ! Mas vou me esforçar pra que isso passe !
Beijos ;*

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pense nisso ...




Se Os Tubarões Fossem Homens
Bertold Brecht


Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar para os peixes pequenos, com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais.

Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres têm gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas. Nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões.
Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos.

Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos.

Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista e denunciaria imediatamente aos tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre si a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.

As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que entre eles e os peixinhos de outros tubarões existem gigantescas diferenças.Eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro.

Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos, da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas goelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nos quais se poderia brincar magnificamente.

Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as goelas dos tubarões.

A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos sob seus acordes, a orquestra na frente, entrariam em massa para as goelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos.

Também haveria uma religião ali.
Se os tubarões fossem homens, eles ensinariam essa religião e só na barriga dos tubarões é que começariam verdadeiramente a vida.

Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros.

Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores. Isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam assim, mais constantemente, maiores bocados para devorar.E os peixinhos maiores que deteriam os cargos, valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiro da construção de caixas e assim por diante.

Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.



Sobre o(a) autor(a):
Bertold Brecht (1898-1956), nascido em Augsburgo. Escritor e dramaturgo alemão, além de grande teórico teatral. Desde menino escrevia poesias de forte conteúdo social. Foi perseguido pelos nazistas pelo seu comunismo militante.


Ps: Vi um trecho desse texto no Enem, e gostei :)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fanatismo, aff.

"O principal perigo dos fanatismos é sua pretensão totalizante. O fanatismo religioso não conhece limites e transfere a categoria de absoluto, que deveria ser apanágio de Deus, às instâncias temporais, políticas, culturais etc.: tudo passa a ser regulado pela onipotência de Deus, pela mediação infalível e iluminada do líder, aiatolá ou guru. O medo, tornado um absoluto, passa a reger perigosamente as vidas dos que se deixam seduzir pelo fanatismo religioso".

Esses dias estávamos eu e meus amigos no shopping, e alguns deles colocaram uma coroa de papelão que estavam dando no Burger King. Quando entramos em uma loja um homem virou pra gente, com cara de desprezo ou sei lá e disse: " O que é isso, gente? Tira isso, pelo amor de Deus ! Deus existe". Nós não entendemos nada, e no começo achamos até que ele estava brincando, mas ele continuou falando "Tira isso gente, pelo amor de Deus" e depois começou a orar.
Passamos por ele mais umas duas vezes, em que ele ficou repetindo essas coisas (aff --'), e teve um momento que ele estava até mesmo vindo pra cima da gente o_o (pra tirar a coroa ou sei lá. ), mas a mulher dele o segurou .
Fiquei indignada, sabe. Primeiramente, por termos sido julgados à toa pelo homem (ainda não entendi o porquê do escândalo dele, mas tudo bem ¬¬), segundo pelo fato dele ter sido extremamente preconceituoso, pois mesmo se estivéssemos com blusas escrito "Viva o Satã", ele não tem nada a ver com isso.
Fanatismo é estupidez. É ser cego, mente fechada. E esse país está repleto de gente assim. E isso me deixa decepcionada.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O fim do dia da revolta.




Oi gente !

Meu aniversário foi dia 30 de outubro, e foi perfeito. Passei com as pessoas que amo, e aproveitei de verdade. Digo isso, porque eu andava tendo problemas com aniversários, sabe. Eu detestava fazer aniversário, não sei bem o porquê. A hora do "parabéns" então ... Ficava revoltada (rsrs).

Até que ano passado, enquanto meu namorado estava aqui em casa, me deu uma baita alergia (depois descobri: sou alérgica a tudo quanto é anti-inflamatório --'), e eu tive que expulsá-lo (nada bonito de ver, o rosto inchando sem parar makoammak). Então acabei indo pro hospital, e lá passei o meu aniversário, tomando remédio na veia e soro. :)

Depois deste episódio, resolvi aproveitar meus aniversários, afinal, apesar de meio azarada (rsrsrs), eu sou saudável, sou feliz, tenho tudo o que preciso. E os aniversários devem ser pra isso né, pra comemorar o fato de estarmos vivos por mais um ano. Bom, acho que é, porque desde pequeno comemoramos este dia, é sempre O nosso dia, fazemos festa e tal, mas ninguém nunca ensina direito o que este dia quer dizer, não é mesmo?

Ps: não sei o que a foto tem a ver, mas é que ela é linda *-* rsrsrs.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pureza.




A menina na janela
E a janela na menina.
Uma janela única,
Redonda e um pouco suja.


Do lado de fora,
A chuva tudo molha.
E a menina olha
Sentindo inveja do tudo.


Ela imagina-se então
Naquela chuva gelada,
A água deslizando em seu corpo,
Lavando sua alma.


Seria então uma janela limpa
Já não mais trancada,
Já não mais intocada
Pelas águas geladas
Que a faria sentir-se viva afinal.



Thaís Mello .